As divisões abaixo seguem o Manual de Equitação, lançado pela FPH em 2011 e escrito pelo Dr. Ênio Monte, ícone do cavalo no Brasil, horseman, estudioso e criador destes animais, sempre preocupado com a edução equestre no país.
Segundo Dr. Ênio, existem quatro tipos de passo, três tipos de trote e três de galope:
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Passo de trabalho
Ideal para iniciar o trabalho do animal. O cavalo alonga o pescoço e, se traçarmos uma linha reta horizontal, as narinas ficam na mesma altura das ancas. As marcas dos posteriores no chão ultrapassam um pouco a marca dos anteriores. Nesse passo, os cavalos fazem 100 m/min ou 6 km/h, com o menor dispêndio de energia.
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Passo alongado
O cavalo amplia ao máximo suas passadas, alonga e abaixa um pouco seu pescoço, ficando com as narinas abaixo da linha horizontal das ancas. Os posteriores ultrapassam bem a marca dos anteriores.
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Passo reunido
O cavalo engaja os posteriores, levanta e arredonda o pescoço, ficando com as narinas acima da linha das ancas. O passo tem mais cadência, cobrindo menos terreno, com velocidade inferior à do passo de trabalho, pois os posteriores não atingem a marca dos anteriores. É o passo no qual o cavalo fica mais na mão do cavaleiro.

Passo livre
É o passo de repouso realizado com rédeas soltas, pois assim o cavalo alonga e abaixa o pescoço à vontade, facilitando o seu movimento. É o passo ideal para finalizar o trabalho, propiciando um relaxamento físico e mental para os animais.

Trote de trabalho
É a andadura que se utiliza na maior parte do trabalho do animal. O cavalo alonga o pescoço, mantendo suave contato com a mão do cavaleiro. Seu chanfro deve se manter inclinado para frente, adiante da vertical, e as narinas na mesma altura das ancas. As passadas são de comprimento, altura e tempo de suspensão médios, uniformes e equilibradas, com o cavalo movimentando-se para frente energicamente, atingindo aproximadamente 200 m/min ou 12 km/h.

Trote alongado
É o trote no qual o cavalo alonga ao máximo as passadas e o tempo de suspensão, mas mantendo o ritmo, equilíbrio e a elasticidade. O cavalo alonga o pescoço sendo a nuca o ponto mais alto, o chanfro inclinado para frente e as narinas abaixo da horizontal das ancas. Só deve ser feito em curtas distâncias, pois o cavalo pode perder o engajamento e inclinar seu corpo para a frente, pesando nas mãos do cavaleiro.

Trote reunido
É uma andadura para uma equitação mais avançada, que requer um assento profundo do cavaleiro de trás para frente e forte ação das pernas, mantendo as rédeas mais tensas. O cavalo engaja os posteriores, o pescoço se eleva e arredonda e a fronte fica sempre inclinada para frente, com as narinas acima da horizontal das ancas. As passadas são executadas com grande impulsão e elasticidade sendo, porém, mais curtas e mais altas que no trote de trabalho e executadas com grande leveza na embocadura. O chanfro do cavalo não deve nunca ficar para trás da vertical, pois ultrapassando esse limite, por pouco que seja, o cavalo estará encapotado, o que é muito prejudicial para seu dorso e lombo.
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Galope de trabalho
É o galope de velocidade média, usado para iniciar o trabalho. O cavalo se movimenta livremente, com o corpo na horizontal, o chanfro inclinado para frente da vertical, as narinas aproximadamente na altura das ancas. A velocidade média do galope de trabalho é de 250 m/min ou 15 km/h.

Galope alongado
Para se obter esse galope o cavaleiro ativa a impulsão do animal com forte pressão das pernas. O pescoço alonga-se sem abaixar-se muito, mantendo o chanfro inclinado para frente com as narinas um pouco abaixo da linha horizontal das ancas. O cavalo atinge o máximo de amplitude e suspensão em suas passadas. O cavaleiro deve manter contato suave com a embocadura e inclinar mais o corpo na posição esportiva quanto maior for a velocidade, mantendo o equilíbrio do conjunto. A velocidade média é de 300 m/mim ou 18 km/h.

Galope reunido
Essa andadura só deve ser feita com cavalos de alto grau de adestramento, bem musculados e flexibilizados pois, caso contrário, podem ficar muito pesados na mão, tensos e nervosos. Para obter o galope reunido, o cavaleiro ativa a impulsão com o peso do assento e maior pressão das pernas. Ao mesmo tempo, com flexão dos cotovelos e abrindo e fechando os dedos, o cavaleiro tensiona as rédeas. O pescoço do cavalo se eleva com a nuca no ponto mais alto e o chanfro inclinado para frente com as narinas acima da horizontal das ancas. As passadas são mais curtas e enérgicas com velocidade media de 200 m/min ou 12 km/h.
FPH com a fonte Manual da Equitação de Ênio Monte; Ilustrações de Cavani Rosas